Resgatar famílias escravizadas no Afeganistão

Sobre esta Campanha

No coração do Afeganistão, onde o sol castiga a terra seca e o horizonte parece engolir os sonhos, eu, um simples pastor, fui chamado para uma missão que transcende fronteiras e desafia a alma. Meu nome é Daniel Correia, e há dois anos ouvi o clamor de famílias escravizadas, presas a uma vida de sofrimento em uma fábrica de tijolos nos arredores de Cabul. Homens, mulheres e até crianças, com as mãos calejadas e os olhos apagados, carregando o peso de uma dívida que nunca escolheram.

Cheguei lá com pouco mais que fé e um propósito: libertá-los. A fábrica era um lugar sombrio, o ar denso com pó de barro e o silêncio quebrado apenas pelo som dos tijolos sendo empilhados. Essas famílias foram enganadas por promessas vazias, vendidas à servidão por traficantes cruéis que lucram com a miséria alheia. Cada tijolo que moldavam era um elo a mais nas correntes invisíveis que os prendiam.

Conversei com os capatazes, homens de rostos duros e corações ainda mais rígidos. Eles me disseram que as famílias deviam somas impossíveis, dívidas herdadas de gerações, um ciclo de escravidão disfarçado de trabalho. Mas eu sabia que a liberdade tem um preço, e estava disposto a pagá-lo. Com o apoio de irmãos em Cristo que me ajudaram a levantar fundos, negociei a compra da liberdade de 12 famílias – 47 almas que, naquele dia, respiraram o ar da esperança pela primeira vez em anos.

Quando entreguei o dinheiro e os documentos foram assinados, vi lágrimas correrem por rostos empoeirados. Uma mãe agarrou minha mão, murmurando palavras de gratidão em dari, enquanto seus filhos, ainda tímidos, espiavam detrás dela. Não os tirei apenas da fábrica; os levei para um vilarejo onde irmãos locais os acolheram, oferecendo abrigo, comida e a chance de recomeçar. 

Aquele dia foi um testemunho do poder da compaixão e da fé. Não sou um herói, apenas um servo que ouviu o chamado para ser as mãos e os pés de um amor maior. No Afeganistão, aprendi que libertar um corpo da escravidão é apenas o começo – o verdadeiro trabalho é reacender a luz da dignidade em seus corações.

Que a paz esteja com aqueles que ainda estão preso, e que mais mãos se levantem para quebrar suas correntes.

Espero que o texto atenda ao que você imaginou! Se quiser ajustes, é só me dizer.