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— Levaram tudo que tínhamos. O nosso bairro está abandonado. Fui avisada que estavam invadindo a minha loja, mas não pude fazer nada para evitar. Era um grupo muito grande de usuários de drogas, segurando pedaços de madeira, ferro retorcido e facas. Eles ficavam nos ameaçando e levaram tudo. Não sobrou nada — lamentou a comerciante.
A loja foi invadida por volta das 21h desta quarta-feira, quando o grupo arrombou a porta do estabelecimento e recolheram as mercadorias. Toda a ação foi filma por vizinhos que ouviram os barulhos e alertaram os donos.
— Minha vizinha ligou dizendo que estavam invadindo a loja. Não acreditei e voltei para lá correndo. Quando chegamos no local, havia umas 15 pessoas saqueando a mercadoria e um grupo de quase 200 do lado de fora impedindo a gente de entrar. Era assustador — afirmou Ângela.
A polícia foi acionado alguns minutos após a invasão. No entanto, quando os agentes chegaram no local, toda a mercadoria da loja já tinha sido furtada. Ainda de acordo com testemunhas, os usuários portavam em mãos pedaços de madeira, ferros retorcidos e facas. O que impediu a aproximação dos donos e vizinhos para tentar coibir a ação criminosa.
Do local foram furtados cerca de 20 celulares e um notebook de clientes —os aparelhos estavam para conserto—, além de máquinas utilizadas para o reparo dos produtos, causando um prejuízo de mais de R$80 mil.
— Tivemos que decretar falência. Não tenho condições de repor a mercadoria que foi levada em tão pouco tempo — lamentou a dona do estabelecimento.
Esta não é a primeira vez que a loja é alvo de usuários de drogas da cracolândia. Em abril de 2019, segundo a dona do estabelecimento, outro grupo também saqueou o local portando facas e pedaços de ferro. À época, o prejuízo foi de R$50 mil. A loja funciona no bairro há pelo menos cinco anos e era uma das poucas que resistia ao abandono da região, conforme lamentou Ângela. A comerciante disse ainda que o bairro "vem sofrendo com aumento de roubos e furtos desde a chegada da cracolândia, mas que as autoridades não têm feito nada a respeito".
Em nota, a Polícia Civil de São Paulo informou que enviou equipes para realizar diligências e fazer buscas para tentar localizar os envolvidos. Mas que, até o momento, "não foi encontrado o boletim de ocorrência relacionado ao caso".