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Sobre esta Campanha

Olá, vou contar minha história para vocês, pois preciso de ajuda, espero que possam me

ajudar, eu ficaria muito grato.

Bom, pra começar eu tenho que contar que eu sou trans, e nasci numa família em que

quem manda é a minha mãe, e ela é crente, daqueles alienados e não me deixa fazer

quase nada.

Eu me considerava uma menina, mas com uns 14 anos eu comecei a considerar o fato de

que talvez eu fosse um menino, comecei a imaginar como seria se as pessoas me

tratassem no masculino, até que uma vez eu me vesti com roupas masculinas do meu pai e

saí na rua pra pagar umas contas, foi aí que eu percebi que de jeito nenhum eu gostaria de

ser tratado como uma menina. Mesmo eu estando com roupas masculinas, eu ainda tinha o

meu cabelo grande,e a atendente me chamou de "ela" e foi aí que eu tive a primeira crise

de disforia, terminei de pagar a conta e voltei pra casa chorando, eu percebi ali, que eu não

queria, de jeito nenhum ser uma menina, não gostaria de ser tratado como uma, pois só de

a atendente me chamar de "ela" acabou comigo, eu fiquei muito mal. Depois disso eu contei

pros meus amigos, que eu gostaria de ser tratado como um menino, e ainda bem que quase

todos eles aceitaram isso numa boa, agradeço todos os dias por isso, não imagino como

seria se meus melhores amigos simplesmente parassem de falar comigo pelo simples fato

de eu ser trans.

E foi com o tempo, que eu percebi que eu com certeza gostei muito de ser tratado como tal,

como se eu tivesse tirado um peso imenso das minhas costas, afinal, eu me encontrei como

ser humano, eu sabia o que eu queria ser e como queria ser, isso é muito gratificante.

Mas como eu disse anteriormente, minha mãe é crente, o que não me ajudou nem um

pouco, me descobri faz anos e ainda não contei a ela, pelo simples fato de eu não saber se

ainda terei um teto pra morar, eu nunca fui o filho favorito mesmo.

Vou contar agora como é o meu relacionamento com a minha mãe.

Não é nem um pouco legal e fácil, não nos damos bem desde que o meu irmão mais novo

nasceu, ela me trata como se eu fosse um objeto, um escravo, ela não me dá amor e

carinho. Na minha infância ela trabalhava muito e "supria" esse buraco dela com

brinquedos, isso não me fez nem um pouco bem, eu cresci sem o amor dos meus pais e

continuo sem ele.

Minha mãe trata o meu irmão mais novo como se ele fosse um bebê que tem meses de

vida, faz tudo que ele pede, dá carinho a ele sempre que está perto, sempre dá razão a ele

mesmo que eu esteja certo e ele sabe disso e usa contra mim.

Minha mãe nunca gostou muito de mim, eu sinto como se eu fosse só um peso pra ela, ela

me maltrata, me bate desde que eu tenho 8 anos de idade, e ela já chegou a um ponto em

que ela me bateu com um copo de vassoura e deslocou o meu braço só porque ela chegou

em casa e eu ainda estava varrendo. Ela até disse que se eu denunciasse ela, os policiais

iriam ignorar e dizer pra me bater mais. Não quero entrar muito em detalhe sobre as vezes

que eu apanhei porque isso não me faz bem.

Minha mãe não me deixa sair de casa a não ser que seja pra fazer as coisas que ela

manda, como se eu vivesse em um cativeiro. Ela reclama que eu não faço nada em casa,

mas quem faz quase tudo sou eu, eu arrumo tudo e cozinho quase todos os dias, e o que

mais me deixa mal, é que quando eu não faço nada pra almoçar no dia seguinte, tem vezes

que eu durmo até a hora do almoço, ela compra comida pra ela e pro meu irmão e me deixa

sem nada, e às vezes não tinha nada no armário pois ela não tinha feito compras ainda, eu

tinha que dar o meu jeito pra não passar fome, já acordei e vi que tinha uma quentinha em

cima da mesa, eu ficava feliz achando que tinha comida pra mim, mas na maioria das vezesela estava vazia e eu tinha que me virar. Eu por muito tempo tentei agradar ela e tentar ter

um pouco de amor dela, mas ela sempre me afastava. Eu quando me descobri, comecei a vestir roupas mais masculinas, e até tentava às vezesp edir a minha mãe pra comprar roupas da sessão masculina, ou omitia que a roupa que euq ueria ela da sessão masculina, ela acabava comprando, mas sempre dizia que era prau sar com um short ou uma saia, pra eu não ficar parecendo um menino, mas eu nunca fizi sso. E isso acabou ocasionando uma briga em que eu acabei chorando no provador deu uma loja porque ela estava me mandando mensagem enquanto eu trocava uma roupa minha que eu não tinha gostado, me xingava de muitos nomes, dizia que era desconfortável sair comigo porque os outros ficavam me olhando e tentando saber se eu era um menino ou uma menina, que ela não gostava daquilo e que eu não trazia nem um pouco de orgulho a ela com essas atitudes. Eu me senti muito mal e acabei chorando muito dentro do provador, que por sinal eu tinha sofrido transfobia antes de entrar nele, porque a atendente não me deixou entrar no provador masculino, mas eu não tinha como reclamar, se eles chamassem meus pais ou algo do tipo quem estaria ferrado seria eu.

Lembro também, que na minha festa de 15 anos, ela me obrigou a usar vestido, mesmo eu

dizendo que eu não queria usar aquilo de jeito nenhum, me senti super desconfortável

desconfortável e triste a festa inteira, aquilo me fez muito mal, mas ninguém ligava mesmo,

muito menos a minha mãe.

Eu antes de me descobrir trans, pedia pra minha mãe deixar eu cortar o meu cabelo curto,

não no ombro, mas menos que isso, queria me sentir como eu me sinto por dentro, um

homem, fiquei pedindo isso a ela por quase dois anos, e quando eu consegui eu fui cortar

logo antes que ela desistisse. Quando eu cortei ela me xingou de muitos nomes diferentes e

disse que nunca mais ia me deixar fazer isso no meu cabelo de novo, e que se eu cortasse

ela iria me bater. Ela foi a única pessoa que falou mal do meu cabelo, todas as pessoas que

eu conheço amaram e acharam que tinha ficado lindo. Depois disso eu comecei a me vestir

mais masculino, e isso não deixou minha mãe nem um pouco contente, eu até tive que

esconder minhas roupas que eu comprei da sessão masculina uma vez porque ela tinha

dito que iria rasgar todas elas e jogar fora.

Ela também não me dá um pingo de privacidade, ela sempre mexe no meu celular, pega ele

por coisas ridículas, eu sempre tenho que estar apagando as coisas a toda hora pra ela não ver como os meus amigos me tratam, se não ela surta e joga o meu celular na parede (coisa que ela já fez antes, por isso não quero arriscar), eu nao consigo apagar tudo, então às vezes tem algum amigo meu me tratando no masculino e ela fica super brava comigo, dizendo que eu nasci uma menina, deveria me vestir como tal e viver como tal. Ela não me deixa trabalhar pra ter o meu próprio dinheiro pra comprar minhas coisas, queria muito fazer isso pra guardar meu dinheiro e sair daqui o quanto antes, mas eu não posso, eu estava até planejando soltar currículos esse ano pra começar a trabalhar, mas ela disse que não queria que eu fizesse isso. Conto com a doação de vocês, qualquer doação vai me ajudar a me manter vivo em casa enquanto eu não saio daqui, agradeço a todos que puderem me ajudar.

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