Livre da Depressão

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Sobre esta Campanha

Eu estou de cama, pois não tenho forças para levantar e trabalhar, vivo chorando e tenho necessidade de coisas básicas.

Não tenho dinheiro para médicos e exames.

Já tentei suicidio uma vez, tomando medicação e acabei entubada na UTI, mas infelizmente continuo viva, porém sem qualidade de vida, pq não posso pagar médicos e nem remédios e a rede pública é precária.

Sou do interior e é muito difícil.

Já passei necessidade de coisas básicas e de ficar dias sem comida. A vontade de desaparecer, de sumir em meio à escuridão, surge como uma sombra constante quando as dívidas parecem esmagar o pouco que resta de esperança. Cada ligação do banco é um lembrete cruel de que o mundo financeiro é implacável, e eu me pergunto se haverá um momento de trégua. O peso de acordar todos os dias sabendo que estou à beira de um abismo, com a depressão segurando minha mão, é insuportável.

Lembro-me de minha infância, daquilo que deveria ter sido um tempo de descobertas e sonhos, mas que foi interrompido pela frieza de pais que não souberam amar. Cresci sentindo que não era suficiente, que qualquer erro seria punido com uma dor emocional que nunca consegui explicar. Esse vazio nunca foi preenchido; apenas cresceu com o tempo, se transformando em um buraco negro dentro de mim, sugando o que restava de alegria e me empurrando para a escuridão.

A sensação de estar perdido em um mundo que não tem espaço para mim é avassaladora. Lutar contra a depressão já seria uma batalha árdua, mas com as dívidas esmagando meu peito, sufocando qualquer fôlego de alívio, a luta parece impossível. Há dias em que penso que talvez, se eu sumisse, o peso se dissiparia. A dor da infância, as cobranças do presente, o desespero que corrói — talvez tudo isso pudesse desaparecer comigo.

Eu olho para o futuro e não vejo saída. Apenas uma estrada solitária, coberta pelas sombras do que vivi e das dívidas que me perseguem. O cansaço é profundo, e a vontade de desistir, de deixar tudo para trás, cresce como uma semente que nunca para de brotar. Não é que eu queira acabar com a minha vida; é que eu não sei mais como continuar carregando o fardo que ela me impôs.

Essa vontade imensa de morrer não é sobre o fim, mas sobre o desejo desesperado de encontrar algum tipo de paz. Uma paz que nunca tive, uma paz que parece cada vez mais impossível de alcançar. Já tive uma tentativa de suicidio, mas infelizmente não se concretizou, pois tomei a dose errada de remédios, estes que fazem o coração parar de bater.

Mas hoje busco um meio mais eficaz, uma arma de fogo, como não tenho dinheiro para comprar, estou aguardando um momento de pegar na casa de um conhecido que tem.

Só aguardo este momento para finalizar esta vida.

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