Festival "Jaraguá é Guarani" Yvy Porã

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Sobre esta Campanha

ARTE E CULTURA GUARANI MBY’A - Terra Indígena Jaraguá Estratégia de Resistência em Defesa do Território - São Paulo Terra Indígena Terra Indígena (T.I.) Jaraguá

São Paulo é uma cidade indígena, de acordo com dados de 2010 do IBGE, a capital paulista é  a segunda cidade com maior população indígena do país. 

Aos pés do Pico do Jaraguá, na zona noroeste de São Paulo, está localizada a menor terra  indígena do Brasil, do Povo Guarani Mby’a, demarcada em 1987, com apenas 1,7 hectares de  área protegida, e aproximadamente 900 indígenas. Sua demarcação, anterior à Constituição  de 1988, não contou com um estudo antropológico, e não levou em consideração as áreas  necessárias à sobrevivênvia ao modo de vida e cultura, o Nhanderekó Guarani.  

O povo Guarani luta pela demarcação dos 532 hectares de ocupação tradicional Guarani na  região metropolitana de São Paulo, reconhecida na Portaria Declaratória n°581, de 2015. Atualmente a T.I. Jaraguá tem 06 aldeias, Tekoá Ytu (única área demarcada com 1,7  hectares), Tekoá Pyau, Tekoá Yvy Porã, Tekoá Itawerá, Tekoá Itakupé e Tekoá ItaEndy. 

Muitas dessas aldeias Guarani sofrem com a proximidade da cidade à aldeia, atualmente  espaços considerados rurais foram tomados pelo crescimento desordenado das cidades que  acabam chegando às aldeias e conflitando com os territórios, vida e cultura. 

Importantíssimo salientar que o desmesurado avanço da especulação imobiliária, no  contexto da T.I. Jaraguá é um gatilho que também desencadeia mudanças nas condições  climáticas do Planeta, atingindo diretamente o Bioma Mata Atlântica, a T.I. Jaraguá é  limítrofe ao Cinturão Verde da Mata Atlântica reconhecido pela UNESCO, e está no bioma  de maior diversidade de fauna e flora extremamente importante para o equilíbrio climático,  este bioma que é protegido pelos Guarani, também sofre proeminente risco de extinção  devido construção de prédios, condomínios e grandes empreendimentos. Esses avanços  imobiliários promovem embate com a comunidade que luta para proteger as matas,  animais, rios e seu próprio modo de vida e cultura onde corpos, vida e território são pilares  únicos. 

Levar essa reflexão para espaços na cidade, fora da aldeia, em um dia de convivência e troca  de saberes entre os povos originários, sua ancestralidade e o público não indígena é uma  contribuição com o fortalecimento dos povos indígenas, territórios e florestas. Preservar a  diversidade e o Planeta é uma tarefa de todes nós!

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