Sobre esta Campanha
Nasci em 1983, e logo fui acolhida, embora em um outro lar. Sou filha adotiva! 4ª filha entre os 5 filhos de um casal. Tive uma infância feliz, e bastante restrita decorrente do cuidado de minha mãe.
Aos 13 anos, quando me preparava para os 15 anos de minha irmã, emagreci chegando aos 40 kg. Aqui em Natal, não consegui receber nenhum diagnóstico e fui encaminhada pelo plano de saúde CASSI, para me tratar em São Paulo. Lá descobri uma doença autoimune, denominada Colangite Esclerosante primária, cujo único tratamento era um transplante hepático. O mesmo nunca foi realizado, pois os riscos sempre pareceram maiores que os benefícios. Após alguns anos e recorrentes crises de diarréia, recebi o 2⁰ e o 3⁰ diagnóstico. Colite ulcerativa inespecífica e hipertireoidismo. Ambos tratados com várias medicações - euthirox, puram, mesalasina, ciclosporina, hidrocortizona e imunosupressores. Não bastando, anemia ferropriva crônica e diabetes tipo 1. Ambas tratadas por meio de medicações endovenosa e subcutânea.
Em 2011 fui diagnosticada com câncer de colon do intestino. Nesse mesmo ano o meu milagre havia nascido. Sim, porque os médicos haviam dito que eu não poderia engravidar. Ele nasceu perfeito, sem nada puxar a genética dessa mãe. Me mantive firme sustentada na fé e no amor que precisava dar ao meu pequeno. Passei por um procedimento cirúrgico que durou cerca de 6h. Retirei todo o intestino grosso, anastomose total com bolsa ileal. Para assegurar o menor número de intercorrencias fiquei com ileostomia por 4 meses, até ter a cicatrização perfeita. Meu marido foi meu médico, enfermeiro e maior incentivador. Fui curada! Em seis meses retirei a ileo, mas tive complicações, todo meu abdomem ficou aderido e passei por mais 3 procedimentos cirúrgicos. Um ano de passou e novo diagnóstico: câncer de vesícula. Ali poderia ser meu fim, caso tivesse atingido o meu fígado que já apresentava cirrose devido ao tempo de inflação. Meu anjo da guarda novamente me operou e eu fiquei curada. Em todo esse tempo, exames de imagem a cada 6 meses, e de sangue mensalmente. Férias e em dias de trabalho o passeio sempre foi aos consultórios: endócrino, hepato, hemato, cirurgião, endoscopia, colonoscopias, ressonâncias, tomografias. Entre vindas e idas, diabetes! Agora icluia-se a insulina, o angiologista, o oftalmo.
O fato é que a cirurgia em busca da cura do câncer se deu via liminar, pois a mesma Cassi, não tinha nenhum profissional cirurgião cancerologista em seu rol de profissionais, apontando que a cirurgia fosse realizada por um Gastro que naquele momento me indicava o procedimento por laparoscopia. Não aceitei, sobretudo, porque ele não me passou segurança. Isso é bem normal, porque os médicos nunca sabem como se portar comigo: uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento.
Passados cerca de 10 anos da primeira cirurgia minha conta bancária foi bloqueada com um saldo devedor de cerca de 34mil. Fiquei estarrecida e não sabia o que estava acontecendo. Me comuniquei com a gerente do banco que me informou se tratar de um bloqueio judicial. Descobri da pior maneira que havia um processo no qual eu havia me tornado ré, pois o advogado (que era esposo de uma tia) cometeu um erro primário, não aguardando o julgamento final, ou seja, abandonou o caso, e por ser ele o meu representante nem as intimações recebi. Descobri tudo quando já estava na fase de execução. Ainda assim fiz um vaquinha que me permitiu custear outro advogado, última esperança. Mais uma vez, perdi. Desembargadores não aceitaram reaver o caso. Hoje a dívida quase que triplicou. Já enviei carta pedindo um acordo e não obtive resposta e permaneço mensalmente com a conta sendo bloqueada, fato que me deixou sem salário nesse mês.
A saúde segue piorando. Agora com neuropatia, deficiência nutricional, hérnia de disco, plaquetopenia, hipertensão portal, adenomiose...e o pior comprometimento dentário e psicológico pela pressão vivida por todos esses anos.
Hoje mais uma vez solicito ajuda, não porque gosto, nem acho que os outros tem essa obrigação, mas pelo fato de querer viver sem essa culpa, sem continuar sendo massacrada por um erro que não cometi e sobretudo por não desejar que os respingos dessa injustiça alcance meu filho.
Pode ser que ao final de tudo eu nem esteja mais aqui, se eu apenas esperar o tempo e a vontade de Deus, mesmo porque não acho nem justo colocá-lo como um "responsável" por uma falta de atitude humana.
Importante registrar que o primeiro advogado não prestou até o momento qualquer tipo de ajuda e o segundo para prosseguir e realizar uma petição indicando que a minha aposentadoria por invalidez não pode ser bloqueada, teria que ganhar mais, do contrário não valeria a pena para ele.
Só quero saúde e paz!
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