Sobre esta Campanha
A crise financeira que estou enfrentando atualmente tem suas raízes profundas nos últimos eventos que abalaram minha vida e minha família. A pandemia foi um período desafiador para todos nós, mas para mim, ela trouxe um peso adicional que até hoje carrego com dificuldade: a bola de neve de juros bancários resultantes dos empréstimos que tive que fazer para sustentar meus dois filhos, ambos desempregados, durante esse período sombrio.
Quando a pandemia de COVID-19 atingiu, a economia global sofreu um choque sem precedentes. Empresas fecharam, empregos foram perdidos e, de repente, a segurança financeira que muitos de nós tomávamos como certa desapareceu. Meus filhos, como muitos outros, foram vítimas desse turbilhão econômico. Ambos perderam seus empregos e, sem uma fonte de renda, dependiam inteiramente de mim para suas necessidades básicas.
O sustento de uma família não é barato, especialmente quando há dois filhos adultos que precisam de ajuda constante. Com as economias rapidamente se esgotando, vi-me forçado a recorrer a empréstimos bancários para manter as contas pagas, a comida na mesa e um teto sobre nossas cabeças. No início, parecia uma solução temporária, algo que me ajudaria a atravessar um período difícil até que as coisas melhorassem. No entanto, a recuperação econômica demorou mais do que qualquer um de nós poderia prever, e o que começou como uma solução temporária rapidamente se transformou em uma armadilha de dívida.
Os juros bancários sobre os empréstimos começaram a acumular rapidamente. O que inicialmente era uma quantia administrável se transformou em uma montanha de dívidas que crescia mês após mês. Cada pagamento que eu fazia parecia ser engolido pelos juros, sem diminuir significativamente o valor principal. Eu trabalhava arduamente, mas não conseguia ver uma luz no fim do túnel. A sensação de impotência era esmagadora, sabendo que, apesar de todos os meus esforços, estava afundando cada vez mais em um buraco financeiro.
Tentei buscar ajuda familiar, uma rede de apoio que sempre esteve lá nos momentos difíceis. Porém, essa ajuda se mostrou inatingível quando meus parentes no Rio Grande do Sul foram severamente afetados pelas enchentes de 2024. A tragédia ambiental que assolou a região foi devastadora, destruindo casas, meios de subsistência e desestruturando completamente a vida de muitos. Meus familiares, que sempre foram meu porto seguro, agora precisavam lidar com sua própria crise, lutando para reconstruir suas vidas a partir dos escombros deixados pelas enchentes.
A falta de apoio familiar, somada à crescente dívida bancária, colocou-me em uma posição extremamente vulnerável. Cada mês trazia uma nova preocupação, uma nova conta para pagar e uma nova taxa de juros que se somava à já exorbitante dívida acumulada. O estresse constante afetava minha saúde mental e física, tornando cada dia uma batalha para manter a esperança e a força para continuar.
Além disso, a situação emocional dentro de casa se tornou tensa. Meus filhos, embora compreendessem a gravidade da situação, também lidavam com sua própria frustração e desespero por não conseguirem encontrar emprego. A sensação de ser um fardo, de não poder contribuir financeiramente, afetava seu bem-estar psicológico. Como mãe, era doloroso ver meus filhos nessa posição, sabendo que eles se sentiam impotentes e culpados por algo que estava fora de seu controle.
Tentei renegociar os termos dos meus empréstimos com os bancos, buscando maneiras de aliviar a carga dos juros, mas a resposta foi geralmente negativa ou insuficiente. As instituições financeiras, embora compreendam a situação de muitos, ainda operam dentro de suas próprias restrições e políticas. Em alguns casos, consegui uma redução temporária das taxas, mas logo essas reduções eram compensadas por outras cobranças, mantendo-me preso em um ciclo vicioso de dívida.
Busquei também apoio em programas governamentais de auxílio, mas a burocracia e a lentidão desses processos muitas vezes resultavam em ajudas insuficientes e tardias. Enquanto esperava por respostas, as contas continuavam chegando, e os juros continuavam a crescer. A sensação de desamparo era profunda, um lembrete constante da minha incapacidade de escapar dessa espiral financeira.
O impacto dessa crise não é apenas financeiro. A pressão constante e a ansiedade gerada por essa situação afetam todos os aspectos da minha vida. O sono se tornou um luxo raro, e as preocupações constantes tornaram-se uma companhia diária. Minha saúde começou a se deteriorar, com dores de cabeça frequentes e problemas digestivos causados pelo estresse constante. A capacidade de desfrutar dos pequenos momentos de alegria se perdeu, substituída por uma preocupação incessante com o futuro incerto.
Os efeitos dessa situação também se estendem além da nossa casa. A falta de recursos financeiros limita minha capacidade de participar da vida comunitária e de ajudar outros que também estão em dificuldades. O isolamento financeiro cria um isolamento social, reforçando a sensação de estar sozinho nessa luta.
Refletindo sobre tudo isso, é evidente que a pandemia deixou cicatrizes profundas que ainda estamos tentando curar. A bola de neve de juros bancários resultante dos empréstimos que tive que fazer para sustentar meus filhos desempregados se tornou uma carga esmagadora. A falta de apoio familiar, devido à tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, só agravou essa situação. Apesar de todos os esforços, me encontro presa em um ciclo de dívidas e juros crescentes, lutando diariamente para encontrar uma saída.
Ainda assim, é importante manter a esperança. Buscar soluções, por mais difíceis que pareçam, e encontrar maneiras de aliviar esse fardo é essencial. A resiliência, a coragem e o apoio, mesmo que esporádico, são fundamentais para superar essa fase difícil. Acredito que, eventualmente, encontrarei uma maneira de sair dessa crise, reconstruir minha vida financeira e oferecer uma base sólida para meus filhos recomeçarem suas vidas.
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